terça-feira, 26 de novembro de 2013

ACREDITAR EM EVOLUÇÃO?

Por:Dom Cristiano Jakob Krapf

Entre Ciência e Religião, entre fé e razão, onde está a Verdade? A evolução atual da ciência contradiz o ensinamento da Bíblia sobre a origem do mundo e do homem?   Um leitor da “Superinteressante” faz a pergunta assim: “É coerente acreditar em Deus e também em Darwin?”
A revista responde: “Na comunidade científica, o consenso é de que a evolução é autossuficiente, exclui a figura de um criador.”

Tal resposta genérica é mentira. A mesma revista traz logo depois a resposta diferente de um professor formado em física experimental e doutor em teologia. Não sei quantos cientistas são ateus ou agnósticos, mas sei que muitos cientistas sérios têm fé. Muitos acreditam na mensagem da Bíblia sobre Deus, o Criador do mundo.

Entre os habitantes atuais do planeta terra, os adeptos do monoteísmo são maioria. Mais de um bilhão de católicos e um bilhão de outros cristãos, e mais de um bilhão de maometanos e muitos milhões de judeus, acreditam na existência de um só Deus, Criador do mundo de matéria e energia regido por leis criadas por ele para organizar a evolução desde o início até a situação atual e futura.
Podemos entender a inteligência como dom de Deus que nos criou com a capacidade de sondar os mistérios do mundo e com a missão de cuidar da morada que criou para nós. Quanto ao futuro, depende também de nós que temos o dom da liberdade que cientistas preconceituosos querem enquadrar nos seus conhecimentos limitados ao mundo material.

Muitos cristãos reconhecem a importância dos fundamentos racionais da sua fé e não se deixam abalar por questionamentos superficiais. Em vez de criar dificuldades com pormenores dos textos bíblicas sobre a criação do mundo e sobre a história do povo judeu, entendem que a mensagem da Bíblia pode servir de fundamento para os acréscimos da ciência. Salmos escritos faz trinta séculos nos falam da beleza de Deus no Céu. A obediência aos 10 mandamentos melhora o convívio dos homens na terra.
Quem não quer saber de Deus aceita qualquer teoria “científica” que pretende explicar o mundo sem Deus. Desde meu tempo de menino procurei seguir o conselho de Paulo: “Examinai tudo, guardai o que for bom!”  Já sou velho e não achei qualquer teoria racional razoável contra a existência de Deus, o Criador não feito por outro.

Entre aqueles que admitem que não existe prova científica contra a existência de Deus, muitos acham ou dizem que também não se pode provar que Deus existe.
Agnósticos céticos acham que nada se pode saber sobre Deus.  Dizem que ninguém pode conhecer a verdade, que ninguém pode ter certeza de nada. Para os mais radicais, não existe verdade. Para esses, tenho uma pergunta: É verdade que não existe verdade?  Outros admitem que possa existir alguma verdade, na filosofia e na religião, mas dizem que ninguém pode conhecer a verdade. Para esses, tenho duas perguntas: É verdade que ninguém pode conhecer a verdade? Como sabem?
Acontece que o conhecimento humano ultrapassa a ciência sobre as leis da natureza material. Somos capazes de filosofia. Só que muitos “filósofos” de hoje ficam filosofando sobre tudo, mas fogem da essência da filosofia que é a metafísica, a reflexão que ultrapassa os limites da matéria.
Alguns pretendem explicar a origem de tudo com a teoria do Big Bang, dizendo que tudo começou com a Grande Explosão. Tal teoria contradiz as leis mais elementares da ciência moderna e da filosofia. A ciência moderna afirma que na natureza nada se cria e nada se destrói. A filosofia diz que do nada não surge nada.   A teoria do Big Bang não explica origem de nada.

Qualquer criança curiosa pergunta: O que foi que explodiu? De onde veio o material (massa/energia?) que explodiu? Pergunta parecida faz aos que dizem que Deus é o criador de tudo: E quem foi que fez Deus?
Acontece que tal pergunta sobre Deus tem resposta racional: Deus é aquele que existe por si mesmo, o único ser que não foi feito por outro. Segundo um texto da Bíblia, escrito muitos séculos antes do nascimento de Jesus, foi assim que Deus se deu a conhecer a Moisés: Eu sou aquele que é.  Esse é o sentido da palavra hebraica Jahvé, já por três milênios o nome de Deus para o povo judeu.
Séculos depois, filósofos gregos deram definições semelhantes: Deus é aquele que é. Aquele que existe por si mesmo, que não é feito por outro. O primeiro motor de tudo que se move, de toda mudança. Causa primeira de tudo que existe. A origem. Antes da filosofia grega já estava escrito na Bíblia: No início Deus criou o céu e a terra.  As dificuldades entre cientistas e biblistas têm sua causa principal nos mal-entendidos de muitos cientistas e religiosos sobre a mensagem da Bíblia, e em conclusões precipitadas nada científicas de cientistas metidos a filósofos.

O que existiu primeiro, o sol ou o dia?

Quanto à Bíblia, a dificuldade maior está no fundamentalismo que pretende enquadrar no rigor da linguagem da ciência de hoje a descrição poética da criação do mundo nas páginas da Bíblia, escritas em linguagem acessível aos leitores de todos os tempos. Sua mensagem é feita para ser entendida no tempo que foi escrita e no nosso tempo cheio de ciência, e nos tempos de futuras evoluções do conhecimento.
Para fundamentalistas que apresentam a interpretação literal de qualquer texto bíblico como questão de fé, tenho uma pergunta: O sol foi mesmo criado no quarto dia? Como é que podiam existir dias quando não existia sol?

Quanto à criação dos seres vivos, a descrição bíblica não está distante da teoria da evolução. Apenas acrescenta que tudo que conhecemos tem origem divina e passa por mudanças de acordo com leis que regem a natureza, leis também criadas por Deus desde o começo: “Que a terra produza seres vivos, plantas e animais.”

Se a dificuldade maior se refere à criação dos seres humanos, é preciso reconhecer a diferença essencial entre eles e os outros seres que andam na terra, nadam no mar e voam no ar.  A Bíblia explica:  “E Deus disse:  Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.” Tal semelhança não pode estar no corpo. Se estivesse no corpo, macacos também seriam semelhantes a Deus. Uns mais, outros menos.
Podemos combinar as teorias sobre a evolução do corpo humano, passando por antepassados semelhantes a macacos, com a mensagem da Bíblia que diz que Deus formou o homem do pó da terra. Pela ciência sabemos que o macaco também é feito do pó da terra. Dos mesmos elementos que formam o corpo humano.

O mundo é tão bem feito que tudo vem evoluindo como por si mesmo, sustentado por leis naturais criadas junto com este mundo de matéria e energia.
E a criação da mulher, apresentada como tirada da costela do homem? Quero apenas lembrar que a Bíblia traz duas descrições sobre a criação dos seres humanos. A segunda é bem diferente: “Deus disse: Façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança  ...  Homem e mulher os criou.”  Nada diz sobre costela de Adão.  Pergunto aos fundamentalistas que dizem que devemos tomar tudo ao pé da letra:  Qual das duas descrições é verdadeira? “Nenhuma,” dizem ateus e agnósticos.

Com boa vontade, dá para entender a mensagem da Bíblia sobre Deus e sobre nós. Dá para ver que Deus confiou a terra aos nossos cuidados. Cumprindo bem a nossa missão, podemos viver e conviver em paz.  Se fizermos os estragos dos pecados no convívio da nossa morada, não adianta reclamar de Deus.
Podemos entender também que a semelhança com Deus não nos é dada como coisa pronta e acabada, mas como vocação a realizar. Somos colaboradores de Deus na sua obra. De maneira especial na sua obra prima que somos nós mesmos.

Somos chamados a colaborar com Deus em três dimensões: Organizando nossa própria vida, cuidando do mundo onde fomos colocados, e prestando serviços na comunidade, em qualquer lugar que nos foi dado para viver.

O mesmo número daquela revista tem um artigo de capa com a pretensão de apresentar uma “Biografia de Deus”. Tal artigo traz uma escolha arbitrária de ideias sobre seres mitológicos chamados de deuses, mitos surgidos em culturas anteriores ao conhecimento do único Deus verdadeiro. Tais religiões têm seus valores, mas não têm os fundamentos racionais que o monoteísmo tem.

Muitos judeus se deixavam contaminar por tais ideias, combatidas na Bíblia como idolatrias incompatíveis com a fé. O texto da revista desconsidera toda evolução da religião a partir de acontecimentos da história do povo judeu que grande parte da humanidade de hoje considera como intervenções de Deus na história dos homens. Cremos que Deus falou pelos profetas para quem o procura com sinceridade, e que veio estar conosco para que possamos estar com ele.
Fonte: CNBB

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

"AI JÁ É DEMAIS PARA A EDUCAÇÃO"

Por: Pericles Gomes

Gosto muito da frase do sociólogo francês Gustave Le Bon, "Muitas pessoas são dotadas de razão, muito poucas de bom senso". É verdade que se tratando de política, qualquer pessoa dotado de razão jamais beneficiaria um determinado grupo que se opõe ao seu modelo político governamental. Mas sabendo-se que outros tantos do seu próprio grupo inclusive e a população em geral seriam beneficiadas diretamente, não beneficiar o "tal grupo" é sem sombra de dúvidas uma terrível falta de "bom senso".

Mas afinal de contas, vamos ao que quero vos dizer. Acho que é do conhecimento de todos, que foi implantado no nosso distrito um programado do Governo Federal, chamado de "Programa Mais Educação". O Art. 1o   do Decreto presidencial nos diz qual a finalidade do programa, vamos a ele: O Programa Mais Educação tem por finalidade contribuir para a melhoria da aprendizagem por meio da ampliação do tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escola pública, mediante oferta de educação básica em tempo integral.

E ainda nos dar as coordenadas necessárias para a implantação do programa:
O Programa Mais Educação, criado pela Portaria n° 17/2007 e regulamentado pelo Decreto 7.083/10, constitui-se como estratégia do Ministério da Educação para indução da construção da agenda de educação integral nas redes estaduais e municipais de ensino que amplia a jornada escolar nas escolas públicas, para no mínimo 7 horas diárias, por meio de atividades optativas nos macrocampos: acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica. 

Agora entro de fato no cerne da questão. Não quero desmerecer nenhuma atividade que foi implantada no nosso distrito, mas farei algumas perguntas, para melhor refletirmos. Por que a Capoeira patrimônio do nosso país e que vigora na nossa Ibitupã a mais de dez (10) anos ficou de fora deste programa?  Por que o xadrez um esporte secular também ficou de fora? O que é melhor, aula de bambolê ou de xadrez? Aula de futsal ( sendo que nem quadra temos ainda) ou de capoeira?

Qualquer pessoa (com idoneidade intelectual) com certeza responderia a capoeira e o xadrez (quero ressaltar que não sou contra nem ao bambolê nem ao futsal). Por que então nenhuma desses dois esportes não fazem parte da grade do programa aqui em Ibitupã? Oxalá que não seja isso... Mas será que é por que a grande maioria dos capoeiristas na eleição passada ficou contra a atual prefeita e ao vereador do nosso distrito e os que praticam xadrez também? Se for isso ou não, a  nossa comunidade merece no mínimo uma explicação plausível, por parte dos que os representam.


Não precisaria expor aqui os benefícios que ambas as atividades trazem, no entanto resolvi enumerar algumas.
Alguns benefícios do xadrez : Desenvolvimento do raciocínio matemático, maior habilidade na comunicação, aumento da criatividade, aumento da concentração, treina o pensamento crítico, aumento da memória, maior maturidade intelectual, aumento da autoconfiança, análise de consequências, ajuda nas decisões complexas, reconhecimento de padrões torna-se mais fácil, ajuda a lidar com situações não esperadas, aumento da disciplina, responsabilidade pelas ações.
Alguns benefícios da capoeira: Difunde o valor da defesa - e não do ataque, ajuda na formação moral, desenvolve e amplia a cognição, desperta a curiosidade infantil, promove o desenvolvimento físico, estimula o controle emocional e combate as inibições.

Agora pergunto mais uma vez: por que a capoeira e o xadrez ficaram de fora do Mais Educação em Ibitupã?

A não ser é claro que de fato, em Ibitupã "as coisas foram feitas para não funcionar", como costuma dizer meu amigo Pedro Henrique. Desse jeito é impossível se fazer "Mais Educação".
  
Termino com o mesmo Gustave Le Bon que nos diz que:
"Um ditador não passa de uma ficção. Na verdade, o seu poder dissemina-se entre numerosos sub-ditadores anônimos e irresponsáveis cuja tirania e corrupção não tardam a tornar-se insuportáveis".

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A IGREJA QUE O PARIU...



Gostaria de apresentar aos amigos e leitores deste blog, José Barbosa Junior, nascido em Teresópolis no Rio de Janeiro em 29/12/1970, é evangélico, formado em teologia pelo Seminário Batista do Sul,  RJ e hoje reside em São Paulo e é desde 2003 escritor. Um dos seus escritos mais conhecidos é o "calem a boca Nordestinos".
Volta e meia trarei os seus textos para nos debruçarmos sobre eles aqui. Tenho certeza que vocês irão gostar.


Por: José Barbosa Junior 

A IGREJA QUE O PARIU...

 Marco Feliciano é o nome da vez. Odiado por muitos, querido por uns tantos. Louco e vigarista para alguns, santo e profeta para outros. Uma coisa é certa: ele leva o nome da Igreja Evangélica atrelado à suas idiotices.

A onda “sou evangélico e Marco Feliciano não me representa” invadiu as redes sociais, numa tentativa última de alguns evangélicos se verem distanciados dos disparates desse indivíduo.
Mas é aqui que o caldo entorna…
Porque Marco Feliciano tem a cara da mãe. Da Igreja que o pariu…
Ele não é um fenômeno isolado.

Abro parênteses: se você acha que Marco Feliciano é um fenômeno isolado procure no youtube por crianças pregadoras, jovens “cheios da unção”, e pregadores “de poder”. De tudo o que mais me assusta são as crianças pregadoras/cantoras… verdadeiros monstrinhos e “Felicianinhos” em formação… quanta desgraça celebrada em cultos de “vitória”. Fecho parênteses.

Talvez Feliciano tenha ganhado mais espaço por sua desenvoltura teatral e performática, mas o seu conteúdo está recheado de velhos paradigmas que dominam ainda boa parte da igreja evangélica no Brasil: fundamentalismo, belicosidade e busca de poder.

A mãe pode olhar pro seu bebê monstro agora crescido e dizer: “fiz bem o trabalho!”
Os vídeos que tanto espantam milhares de pessoas na internet não me assustaram, por um simples motivo: nada, eu disse NADA, do que ouvi Marco Feliciano vociferar em suas transloucadas pregações eu já não ouvira antes, nesses 25 anos de caminhada nos arraiais evangélicos. Repito: NADA!

Maldição sobre os negros e África, um Deus que mata desafetos, um Deus que odeia homossexuais são figuras que você encontra na maioria das igrejas evangélicas espalhadas por aí, desde protestantes históricas às mais variadas correntes neopentecostais.

Existem milhares de Marcos Felicianos proliferados por aí, dizendo as maiores besteiras em nome de Deus, pervertendo a fé singela do povo que acredita neles, explorando pessoas, pregando um Deus sádico e vingador… só não se tornaram conhecidos como o “nobre” deputado.
Volto a dizer: Marco Feliciano não é um fenômeno isolado… Não é vítima e nem algoz, é só mais um fruto apodrecido de uma árvore podre. Talvez seja, hoje, o filho mais “famoso” dessa prostituta que se tornou grande parte da igreja evangélica brasileira. Mas seus irmãos gêmeos, Malafaia, Macedo, Valdomiro… continuam ganhando milhões massacrando a massa em nome de “Deus”.

Há esperança? Há… mas vou tratar disso em outro texto…
E agora?
Agora… quem pariu Feliciano que o embale…

Fonte: www.crerepensar.com.br

MARIAMA

Dom Helder Câmara
"Mariama, Nossa Senhora, mãe de Cristo e Mãe dos homens!
Mariama, Mãe dos homens de todas as raças, de todas as cores, de todos os cantos da Terra.
Pede ao teu filho que esta festa não termine aqui, a marcha final vai ser linda de viver.
Mas é importante, Mariama, que a Igreja de teu Filho não fique em palavra, não fique em aplauso.
Não basta pedir perdão pelos erros de ontem. É preciso acertar o passo de hoje sem ligar ao que disserem.
Claro que dirão, Mariama, que é política, que é subversão. É Evangelho de Cristo, Mariama.
Claro que seremos intolerados.
Mariama, Mãe querida, problema de negro acaba se ligando com todos os grande problemas humanos.
Com todos os absurdos contra a humanidade, com todas as injustiças e opressões.
Mariama, que se acabe, mas se acabe mesmo a maldita fabricação de armas. O mundo precisa fabricar é Paz.
Basta de injustiça!
Basta de uns sem saber o que fazer com tanta terra e milhões sem um palmo de terra onde morar.
Basta de alguns tendo que vomitar para comer mais e 50 milhões morrendo de fome num só ano.
Basta de uns com empresas se derramando pelo mundo todo e milhões sem um canto onde ganhar o pão de cada dia.
Mariama, Senhora Nossa, Mãe querida, nem precisa ir tão longe, como no teu hino. Nem precisa que os ricos saiam de mãos vazias e o pobres de mãos cheias. Nem pobre nem rico.
Nada de escravo de hoje ser senhor de escravo de amanhã. Basta de escravos. Um mundo sem senhor e sem escravos. Um mundo de irmãos.
De irmãos não só de nome e de mentira. De irmãos de verdade, Mariama".

Dom Helder Pessoa Câmara

terça-feira, 19 de novembro de 2013

SEM NOÇÃO

Meu coração alçou voos
Recordação de um dia feliz
Eu e as crianças na varanda
Realização de um sonho de infância.

Amor a flor da pele
Esforços compensados
Contribuição dada
Personificação do bem.

Painho no trabalho
Mainha na cozinha
Meus irmãos na escola
E eu, perdido na vida.

Contentamento no olhar
Beijo sabor de framboesa
Carinho na tarde fria
Aconchego no sofrimento.

Conquista da felicidade
Alegria de néscio
Veranear no estio
E lítico os sentimentos bons.

Relacionamento ilógico
Peito guarnecido
Visão míope
Mulher místicas.

Lista de desejos
Vogais minúsculas
Consoantes maiúsculas
Português assassinado.

Estrelas tristes no céu
Lua sem iluminação
Sol com pouco brilho
Nuvens estacionadas.

Tudo meio sem sentido...
Mas a vida é sem noção.

PERICLES GOMES



 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

DESEJO

Desejo ser o que quero
E quero ser o que desejo
Desejo ter asas
Pois quero voar...

Desejo ser o que sou
E muito mais o que gostaria de ser
Desejo lutar
E muito mais vencer...

Desejo cobiçá-la
E muito mais tê-la
Desejo ver o entardecer do dia
E muito mais o seu nascer...

Desejo ver as aves em seus ninhos
Desejo estar em má companhia
E nunca sozinho
Desejo tomar uma taça de vinho...

Desejo conquistar o mundo
Usando como armas
uma flor, um sonho e o amor
Desejo sonhar e nunca acordar do meu sonho...

Desejo ver Deus
Desejo ver e ir pro Céu
Desejo entender Deus
Desejo entender sua forma de amar...

Desejo sempre ter desejos
E alguém em quem confiar
Desejo o medo vencer
Ou não, sei lá...

E quando parar de desejar
Desejo morrer
Pois prefiro morrer
A viver sem desejar.

Pericles Silva Gomes

AMADA DA MINHA ALMA

Navegando nesses mares gélidos estou eu
como quem busca pela própria morte
ou pelo escárnio da alma.
Ferido está meu peito
pela flechada da amada da minha alma.
Que em meio aos doces amores
e amargos sabores desse meu querer
ferido e intacto estar.
Incha-se e inflama-se pelos perfumes
que são exalados pelo teu aconchego
mórbido, que se apraz no deleite
dos meus dias junto a ti.
Aprecio é verdade a tua beleza lunar
não porque quero, mas pelo misterioso
desejo que afadiga e afaga.
Feliz e melancólico torna a mim
este inescrupuloso mortal.
Que sem perceber tornara-se dependente
dos teus amores, dos amores
da amada da minha alma!

Pericles Silva Gomes

SOMOS ÁGUIAS OU GALINHAS?


Quando assisto algumas coisas que acontecem aqui em Ibitupã (a minha vontade é de chorar) e como o nosso povo tem sido  tratado e manipulado pelos profanadores da lei,  travestido de representantes do povo,  lembro-me de uma das histórias da libertação de Gana, país africano que viveu durante muito tempo sob o domínio colonial inglês, em que li no livro A Águia e a galinha de Leonardo Boff. 

O contexto é o seguinte: em meados de 1925, James havia participado de uma reunião de lideranças populares na qual se discutiam os caminhos da libertação do domínio colonial inglês. As opiniões se dividiam. Alguns queriam o caminho armado. Outros, o caminho da organização política do povo, caminho que efetivamente triunfou. Outros se conformavam com a colonização à qual toda a África estava submetida. E havia também aqueles que se deixavam seduzir pela retórica* dos ingleses. Eram favoráveis à presença inglesa como forma de modernização e de inserção no grande mundo tido como civilizado e moderno.

James Aggrey, como fino educador, acompanhava atentamente cada intervenção. Num dado momento, porém, viu que líderes importantes apoiavam a causa inglesa. Faziam letra morta de toda a história passada e renunciavam aos sonhos de libertação. Ergueu então a mão e pediu a palavra. Com grande calma, própria de um sábio, e com certa solenidade, contou a seguinte história:

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
– Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
– De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
– Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
– Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
– Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou:
– Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
– Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:
-Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
– Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
– Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe !
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... voou.. até confundir-se com o azul do firmamento... "
E Aggrey terminou conclamando:

– Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

Irmãos e irmãs ibitupaenses, essa história é um pouquinha nossa também. A decisão de ser Águia ou Galinha é nossa. Oxalá que saibamos escolher a coisa certa. Somos ÁGUIAS! Deixemos de viver como galinhas. Gana escolheu ser águia e foi o primeiro país africano a experimentar a libertação, mas precisou descobrir que era águia e não galinha. Aprendamos com este belo exemplo ou então estaremos fadados a ser para sempre...

UMA RELIGIÃO DE UM SÓ DEUS, E MILHARES DE SANTOS


Já vi muitas vezes filósofos e estudiosos, sem nenhum vínculo religioso, chegarem a equiparar os santos Católicos com os deuses do paganismo antigo. Afirmam até que há um “Olimpo” Católico onde vigora uma rígida hierarquia. Então neste caso o catolicismo tentou preservar um núcleo doutrinário que está longe de ser totalmente compreendido sem o amparo de uma complexa cultura filosófica. Vale aqui ressaltar que todas as religiões têm seus sacerdotes e seus interpretes.


A  semelhanças entre os santos Católicos e os deuses do politeísmo pagãos se dá meio a algumas diferenças nada desprezíveis. Os deuses pagãos eram exemplos das virtudes e dos defeitos dos homens: mostravam-se egoístas, ciumentos, violentos e injustos. Já os santos Católicos são a encarnação da renúncia e do sacrifício. Os deuses pagãos expõem seus limites humanos; os santos Católicos procuram ultrapassá-los. Os deuses pagão decidem entre eles o destino dos mortais e fazem valer a sua sentença; os santos Católicos são um exemplo de retidão, moral e norte ético.


A Igreja Católica conta hoje com trinta e cinco doutores, todos eles santos que se tornaram notáveis graças a sua entrega a vida religiosa e produção doutrinária. Eu destaco destes, dois: Santo Agostinho(354-430), e São Tomás de Aquino(1225-1274), dois gigantes da filosofia e da teologia Católica. Santo Agostinho da teologia e filosofia Patrística e São Tomás de Aquino da Escolástica medieval. Quem gosta de teologia e filosofia e explicações plausíveis, inteligentes, cultas, que conciliem a fé e a razão, a crença e a ciência leiam o que for possível destes dois santos, principalmente  a Suma Teológica de São Tomás de Aquino.


Este catolicismo dos doutores foi fundamental para entender e sustentar a existência por exemplo da Santíssima Trindade, manifestações distintas –Pai, Filho e Espírito Santo - de um só Deus da mesma substância, ou seja, consubstancial. Observemos, e não precisa ser uma observação teológica, essa questão não encontramos nos Evangelhos, eles citam é verdade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas não falam nada de Santíssima Trindade. Jesus não aborda e nem explica esta questão. Ele confiou isso a Igreja. Ela foi adquirindo importância capital na Igreja à medida que esta se expandia, e são fortalecidas as fundamentações teológicas e filosóficas, e com certeza também para diferenciar-se do mundo secular, terreno- paralelamente ao qual, se bem se lembrava havia nascido. 


O Messias não queria saber dos assuntos que eram de César; o Reino do seu Pai não era deste mundo. Mas, por causa da não adesão total dos homens ao Reino de Deus, o mundo da Igreja acabou provisoriamente sendo sim, deste mundo. E a sua teologia pode ser acusada acusada pelos seus inimigos, de tudo, exceto de simples ou simplista.


Tanto como o grego ou romano conheciam, aliás, entendiam em partes é claro da sua crença pagã, um cristão do povo pouco entendia, mas, acreditam neste Deus, a um só tempo tripartido e uno matéria de acalorados debates teológicos, principalmente nos primeiros séculos do cristianismo. É bom observarmos que o cristianismo Católico é proveniente do judaísmo antigo, principal mantenedor e tradutor da crença monoteísta. Os judeus, contudo, era um povo minoritário e durante muito tempo escravizado, e nada preocupado e também impedido de seduzir outros povos e culturas para sua crença monoteísta. É sobre este alicerce que surgi a Igreja. Então podemos afirmar sem medo de errar que os homens em sua grande maioria estavam acostumados com deuses, no plural. Mais um desafio para a Igreja.


Foi aliás, a própria Igreja desde o seu primeiro mártir – Santo Estevão, e, é bom ressaltar, que foi por osmose, que Ela estimulou este caminho de meditação entre o homem e a crença cristã por meio da “santidade”, como queria Jesus, segundo a sua interpretação. Ou seja, para quem observa de fora e principalmente fora do contexto, a Igreja emprestou o seu monoteísmo, uma característica politeísta, mas é claro sem nenhuma consolidação teológica e fundamentação histórica.


O sentido de santidade é conferir um lugar especial aos cristãos que viveram plenamente o Evangelho de Jesus Cristo. Não foi a Igreja, por exemplo, quem fez de São Judas Tadeu, o santo das causas difíceis ou impossíveis, a depender da tradução. Foram os fiéis. Santo Antônio é reconhecido por dois cultos populares: o pão distribuído pelos crentes aos pobres, e isso se explica por sua vida dedicada a caridade, mas também como o santo casamenteiro, que a propósito não há nenhuma fundamentação teológica. 


Então precisamos fazer a distinção da fé fundamentada que em partes, diferencia-se da fé popular. 

Mas de uma coisa temos a certeza: a fé e devoção nos santos tiveram sua ascendência há mais de vinte séculos atrás, e não existe perspectiva nenhuma de termino. Por isso afirmo: somos uma religião que adora um só Deus, e que devota muito respeito e carinho aos milhares de santos e santas, que ainda caminham aqui na terra e da Igreja triunfante(céu) eles são orgulhos nosso, a grande prova da presença de Deus na sua Igreja, são santos, pois o próprio Jesus os santificou, através é claro da sua contribuição. Pois assim diz Santo Agostinho: “Deus nos fez sem a nossa ajuda, mas não nos salvará sem a nossa colaboração”.
 
Papa Francisco

domingo, 17 de novembro de 2013

SHORT, TÊNIS, CAMISETA E BONÉ

 Confesso estar com muito medo e altamente consternado com os rumos que o no país tem tomado. Enxergamos isso de forma mais lúcida, no lugar onde vivemos. Neste caso, na nossa cidade. É vil, imoral e ruim para a democracia o que tem acontecido.

Infelizmente, estamos perdendo a capacidade “não sei porque”. Aliás, “sei porque”, de gerar novas lideranças. Isso em todos os âmbitos da sociedade. Mas abordarei exclusivamente os líderes políticos. É triste observarmos que entra ano e sai ano e os nossos lideres políticos são sempre os mesmos, eles já se acham "donos" do poder e aparentemente o são. Mas não são. Diz a nossa constituição que: “Todo o poder emana do povo”. Percebamos portanto que o poder significa pluralidade e não particularidade.

Certa vez vi e ouvi uma frase que me fez refletir e despertou em mim o interesse em defender certas lutas, hastear certas bandeiras e assumir certas posturas. Partilharei ela com vocês: “JOVENS, DISCUTAM POLÍTICA, MUDEM O BRASIL”! Depois dela, os meus olhos se abriram. Acordei. Percebi que até então dormia. E vi a importância que nós jovens temos para a política, e o quanto temos sido desrespeitados e o quanto isso nos tem sido negligenciado.


Tenho a esperança que ela... a frase; tenha surtido em vocês, o mesmo efeito que surtiu em mim. Posso afirmar que: SOMOS FUNDAMENTAIS, preponderantes para política( lembra dos “caras pintadas”...) mas principalmente para à política em nosso município, que é onde tudo começa. Basta olharmos a passada. Com certeza foi a política dos jovens. Mesmo o candidato jovem tendo“perdido” a eleição. Ela foi sem sombra de dúvidas a política dos jovens!

Já passou da hora de oferecermos ao Brasil, a Ibicuí, a Ibitupã e Água Doce um novo modelo de líder.  Um líder que use short, camiseta, boné e tênis. Precisamos de lideres jovens! Que discutam política( ciência do governo dos povos) em casa com os pais, irmãos e familiares, na escola com os colegas e professores, nas ruas, nos grupos religiosos e seculares, com os amigos no FACEBOOK e demais redes sociais. E digam não a politicagem( política mesquinha, interesseira). Precisamos agora, precisamos já. A hora é essa!

Ontem éramos apenas o protótipo. E hoje somos o arquétipo! Ei-lo nosso novo líder político. Está vindo ele, usando: short, camiseta, boné e tênis! Ele “CURTE”e  “COMPARTILHA” política como coisa séria e para todos, com partidarismo e sem distinção, respeitando quem pensa diferente. E “CUTUCA” as más políticas e os maus políticos fora desse novo padrão. Eis o novo modelo, eis os meninos!  

PERICLES GOMES 

DÁ-LHE CORONELISMO NELES!

Na sexta-feira  e no sábado passado, dias oito e nove (8,9) respectivamente, a Secretaria de Ação Social de Ibicuí, faria uma visita ao distrito de Ibitupã. Os principais intuitos eram: recadastrar o Bolsa Família, resolver assuntos relacionados ao INSS, além é claro, de ouvir a comunidade e suas reivindicações e necessidades.

O atendimento seria a priori no salão da Igreja Católica, mas depois fora mudado para o Colégio João Manoel da Silva, até então nenhuma anormalidade. Mas infelizmente a visita não aconteceu, frustrando assim o povo mais simples que aguardava ansiosamente à esta visita, tendo em vista, que o acesso a sede do Município é (desde sempre) precaríssima.

 Uma viagem a Ibicuí custa em média cinquenta (50 R$) e nem todos podem pagar essa quantia tão alta (alta para os pobres, quero ressaltar). Ou caso contrário é mendigar uma carona. No entanto até agora não há nenhuma justificativa plausível (aliás não houve justificativa), pela não vinda da secretaria.

Agora carecemos fazer uma reflexão do que aconteceu no Brasil desde o seu nascedouro como República até os dias de hoje, para tentarmos assim entender os motivos pelos quais em Ibitupã ainda tenha quem afirme de forma voraz:
-EM IBITUPÃ, QUEM MANDA SOU EU! Há um velho ditado que diz: "Aonde há curral, quem manda é quem tem a chave da cancela". Agora entende-se mais ou menos porque nossa Ibitupã está assustadoramente abandonada.

No inicio do período republicano no Brasil (final do século XIX e começo do XX), vigorou um sistema conhecido popularmente como coronelismo. Este nome foi dado, pois a política era controlada e comandada pelos coronéis (ricos fazendeiros). 

Na República Velha, foi o Voto de Cabresto, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais.

Depois ainda passamos pela miserável Ditadura Militar iniciada em 1964, mais uma mancha negra da nossa história republicana. Contudo em 1985 com a eleição de Tancredo Neves, voltamos novamente a democracia.

Nota-se que tanto o coronelismo, quanto o voto do cabresto, e uma espécie de "ditadura", não militar, mas ditadura, ainda vigoram atrozmente por aqui, mesmo sofrendo uma leve mutação. Os Poderes (executivo e legislativo) deveriam ser autônomos, mas por causa dos benefícios eleitoreiros... Um Poder acaba se subordinando ao outro. Tornando assim praticamente impossível que o nosso egrégio distrito se desenvolva autonomamente e que percamos todos os anos nossos familiares e amigos para os grandes centros urbanos (São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e etc) e todos sabem que este êxodo só acontece, porque por aqui eles não encontram oportunidades. Estamos matando os nossos jovens todos os dias. E parece que ninguém percebe.

Meu Deus... Ninguém percebe mesmo!

Mas após essa cansativa leitura você caro leitor, com certeza está se perguntando: Qual a relação entre a Secretaria de Ação Social, com o Coronelismo, voto de cabresto, ditadura e o êxodo principalmente dos nossos jovens?

Respondo que se vocês, assim como eu, tivessem acesso ao que rola nos bastidores em relação a esta não vinda da Secretaria( e por não ser oficial infelizmente não posso dizer aqui, pois tem gente por ai que  processa), logo ficariam bestificados... E sem sombra de dúvidas fariam a mesma relação que eu espero conseguido ter feito.

Queria para encerrar dizer que nós não deveríamos estar nem do lado A, nem do B. Pois assim não se resolve os nossos problemas. Mas deveríamos estar e permanecer sempre do lado dos mais pobres e fracos, que não tem vez, nem voz, nesse modelo ultrapassado de política que foi implantado em nossa cidade.

É chegada a hora de transformar sonhos em projetos e projetos em realidade! 

Tudo depende de você! Tudo depende de nós! Caso contrário ele vai continuar mandando mesmo, em mim e em cada um de vocês.

 INSURGÊNCIA JÁ!

Ou se não... VIVA O CORONELISMO!!!

PERICLES GOMES