Por: Pericles Gomes
A nossa vida é uma verdadeira corrida contra o tempo. Daí Millôr Fernandes afirmar que: "Quem mata o tempo não é assassino, mas sim um suicida". É
perceptível que num piscar de olhos, tudo começa e termina. Então neste
circunstancial meandro do viver, é preciso fugir das superficialidades
existenciais e intensificar-se na busca inequívoca pelas realmente
profundas.
Nas
curvas sinuosas da estrada da alma humana, tem faltado aquilo que chamo
de anseia pelo Eterno. Por termos essa errância crônica, auto-limitamo-nos. Tornando com isso difícil a nossa sensibilidade
perceptora de erros e acertos. Por conta disso ouvimos aquela afirmação
latente de alguns quando dizem: pra mim tanto faz, tanto fez.
Nas
idas e vindas do nosso ingrime caminho, cada um guarda uma criança
dentro de si, que necessita de cuidados especiais. O problema é que tem
faltado quem zele de nós. Tem faltado quem ofereça um acalanto nas
noites escuras. E nos tem faltado zelo próprio também.
Consequentemente somos co-responsáveis pelo
impetuoso vendaval de cada dia. Vangloria nesse caso não tem nada a ver
com com vaidade. Ostentação, repúdio e medos outorgados pelos sonhos
diuturnos, muito menos.
A
minha previsão é a seguinte: tempo neste caso é questão de prioridades.
E elas são eleitas por nós. Que elejamos então como prioridade os
momentos de encontro com os amigos, dos abraços e carinhos afetuosos com
as pessoas que amamos. Tempo para ler um bom livro, ouvir boa música. Tempo para amar e
ser amado.
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