Por: Pericles Gomes
Volta e meia me pego perguntando o que me motiva, o que me mantém de pé, qual é a minha força e donde e ela é proveniente. Não sei, contudo porque motivo isso interessaria a alguém saber. Mas vou tentar elucidar de maneira meio torpe, a que conclusão cheguei.
Não sou um louco visionário, não quero criar nenhuma cartilha ou manual a ser seguido (me assustei ao ver que algumas pessoas me seguiam no Facebook, tratei logo de excluir o botão de seguir). Não pensei em nada novo, me basta seguir o que os grandes pensaram por mim e que por expertise ou tolice não sei, sigo cegamente.
Não creio em super-heróis com poderes extraordinários. Enchem-me os olhos os heróis de carne e osso, de gente de verdade, do dia-a-dia, do cotidiano. Que choram, que sofrem, que erram, que sentem dor. Ao invés do Super-Homem, do Homem-Aranha, do Batman, do Robben, da Mulher Maravilha e etc. Prefiro Dom Hélder Câmara, Mahatma Gandhi, Marthin Luther King, Irmã Dulce, Nelson Mandela, João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá, Zilda Arns, Darcy Ribeiro entre outros tantos.
Mesmo assim em meio a esta notória insignificância, encontro quem goste de mim, da minha presença. Noto pessoas dispostas a escutarem o que digo, a lerem o que escrevo e por incrível que pareça, ainda juram que admiram minhas quase poesias. Cometem, por conseguinte o sacrilégio de presumirem que sou inteligente e erram tenazmente ao ouvirem os meus ultrajados conselhos de menino.
Volta e meia me pego perguntando o que me motiva, o que me mantém de pé, qual é a minha força e donde e ela é proveniente. Não sei, contudo porque motivo isso interessaria a alguém saber. Mas vou tentar elucidar de maneira meio torpe, a que conclusão cheguei.
Sou
um jovem de (23) vinte e três anos, filho de seu Djalma e dona Nelma,
irmão de Jailton e Ana Paula e tio de Ágatha Cecília; sem absolutamente
nada de especial, não sou de uma família tradicional de Ibitupã, nem
nada do tipo. Apenas moldado por sonhos e medos, como qualquer jovem da
minha idade. Não tenho pretensões vultosas. Sonho apenas em ser eu
mesmo, com minhas poucas qualidades e meus muitos defeitos. Sem essa de
saber o que quero ser quando crescer. Pretendo morrer menino.
Não sou um louco visionário, não quero criar nenhuma cartilha ou manual a ser seguido (me assustei ao ver que algumas pessoas me seguiam no Facebook, tratei logo de excluir o botão de seguir). Não pensei em nada novo, me basta seguir o que os grandes pensaram por mim e que por expertise ou tolice não sei, sigo cegamente.
Os
meus ideais, as minhas ideologias, os meus projetos, as minhas crenças e
meus sonhos na verdade, não são meus. Não os criei. Os tomei emprestado
ou os roubei de alguém anos luz a minha frente. Em mim tudo é cópia,
nada é original. Sou o plágio em pessoa.
Não creio em super-heróis com poderes extraordinários. Enchem-me os olhos os heróis de carne e osso, de gente de verdade, do dia-a-dia, do cotidiano. Que choram, que sofrem, que erram, que sentem dor. Ao invés do Super-Homem, do Homem-Aranha, do Batman, do Robben, da Mulher Maravilha e etc. Prefiro Dom Hélder Câmara, Mahatma Gandhi, Marthin Luther King, Irmã Dulce, Nelson Mandela, João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá, Zilda Arns, Darcy Ribeiro entre outros tantos.
Constrange-me
o elogio mesmo gostando, lido mais facilmente com a crítica. Custo a
entender certas coisas. Sou muito cético às vezes. Gosto das coisas
simples da vida. Gosto de jogar papo fora com os amigos, de tomar café
quentinho (ou não), de ler bons livros, de escrever minhas quase poesias
e de dormir até mais tarde e de passar horas lendo as poesias de
Leandro Bahiah.
Politicamente
me identifico com a esquerda. Como todo bom brasileiro aprecio futebol
(em especial o meu Corinthians). Adoro ouvir boa música. Sou Católico
por convicção. Teologia e filosofia me fascinam. Amo a minha família
incondicionalmente. Sou apaixonado por uma linda mulher, pele morena,
meiga, simples, muito tímida e um pouquinho indecisa (infelizmente não
sou totalmente correspondido).
Mesmo assim em meio a esta notória insignificância, encontro quem goste de mim, da minha presença. Noto pessoas dispostas a escutarem o que digo, a lerem o que escrevo e por incrível que pareça, ainda juram que admiram minhas quase poesias. Cometem, por conseguinte o sacrilégio de presumirem que sou inteligente e erram tenazmente ao ouvirem os meus ultrajados conselhos de menino.
Cheguei
muito longe afinal. Sou filho e neto de trabalhadores rurais e donas de
casa. Até os (12) doze anos morrei literalmente na roça. Tive as noites
iluminadas pela luz da lua e das estrelas (daí a minha veneração por
elas) e pelo velho candeeiro feito artesanalmente por painho. Hoje sou
formado em teologia (cursando bacharelado na mesma área) breve
licenciado em história, cursando pedagogia, presidente de um partido
político (a nível municipal), quase poeta, quase escritor e quase
ganhando um salário mínimo. Para muitos, isso já seria o bastante. Não
para mim.
Concluo parafraseando um dos meus poetas favoritos; Manoel de Barros:
“A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas”.
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas”.
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